†††Guardião Mor...Instinto†††
O velho portao de ferro rangia
E o vento ia cortando o rosto.
Um ruido de invasor se ouvia
E numa atitude de total instinto
Foi acordando e levantando o dorso...
Meu guardiao, ja fraco, gemeu,
Seus olhos chamuscaram de dor
E dentro do tumulo tremeu
Como se pra saciar sua fome eterna
Se alimentasse de um antigo amor
A muitas noites seu jejum pulsava
Ia ate esquecendo do sol surgindo
Se fez de morto, quando morto estava,
Pois, eis que via alguem chegando
No instante em que ele ia saindo...
A saliva se multiplicando na boca
Os labios contraindo de leve a pele
O rosto suando, numa febre louca
Os sentidos lhe provocavam espasmos
Apaixonado, ja totalmente entregue...
Era da Morte e na Morte se perdia...
Nada mais no mundo lhe importava
Sem volta o guardiao lhe tomou a vida
E sem querer volta, o humano vulto
Todo seu amor servia e lhe devotava...
†††Me†††
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